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Brincando que se aprende

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Equidade de gêneroem forma de dinâmica chama atenção de crianças e adolescentes da Mangueirinha

A fim de abordar e discutir sobre a temática da desigualdade, a Terra dos Homens, através do Programa Raízes Locais, desenvolveu a dinâmica “Falcão para Equidades de Gênero” na atividade do projeto Artilheiros da Paz. A ação reuniu 56 participantes de 07 à 15 anos, no dia 05 de julho, na favela da Mangueirinha, em Duque de Caxias.

“A ideia da atividade é fazer o grupo pensar sobre o que significa ter oportunidades iguais.Questionamos se é justo que algumas pessoal tenham mais oportunidades que outras.”, contou Stefano Amaral, professor do Artilheiros da Paz.

A dinâmica utilizada consistiu na organização de um jogo de futebol. A diferença é que um time tem três traves e outro apenas uma. As modificações não param por aí, em outro momento um dos times tem que marcar gol em uma trave menor que o outro time. E para concluira dinâmica, um dos times tem goleiros em um de seus gols e outro não.

Claramente é possível entender a atividade por quem está jogando ou por quem está assistindo. A diferença de oportunidades fica visível a cada alteração nas regras do jogo de futebol. Dentro desta perspectiva, a atividade é desenvolvida até o momento em que todos se sintam prejudicados ou passem por uma questão de “desvantagem” durante o jogo. 

Após a identificação da desigualdade por todos os participantes, a desconstrução começa quando é possível desde do primeiro jogo ouvir – “Professor, é claro que vamos perder o jogo” ou “Professor, é injusto jogar com um gol e eles com três, eles tem mais chance de fazer gol”. A discussão finalmente é iniciada ao final dos jogos, com a seguinte pergunta, “O que acharam do jogo, foi fácil?Porquê que foi difícil?

O objetivo da atividade é conduzir o grupo à pensar que a dificuldade acontece por um dos times que tem mais benefícios que o outro. Nesse momento, Stefano Amaral aprofundou o tema em questão relacionando-o com a questão de gênero. “Na comunidade em que vivemos as mulheres tem mais oportunidades ou menos oportunidades que os homens?”, foi um dos questionamentos.

“Discutimos se o número de mulheres empregadas é superior ao de homens, se os cargo (funções no trabalho) são diferentes (superiores ou inferiores, se as contratações são feitas por suas capacidades ou pelos estereótipos criados na sociedade).”, concluiu.

Os participantes demonstraram desejo discutir sobre a temática, o que tem produzido importantes resultados e mudanças no comportamento dos meninos e meninas.

 

Ps.: Imagem ilustrativa retirada da internet.